Doze Coisas que a Teosofia ensina – Blavatskytheosophy.com
“A Teosofia não é uma nova candidata em busca da atenção do mundo, mas apenas a reafirmação de princípios que têm sido reconhecidos desde a infância da humanidade”.
Mestre K.H.
A Teosofia ensina – um Princípio Divino Absoluto, Infinito e Onipresente que é a fonte e o substrato de tudo. É a Causa Sem Causa e a Raiz Sem Raiz de tudo. É impessoal, imutável e incondicionado. É a “Primeira e Única” Realidade Eterna. Está realmente além de qualquer definição e descrição, mas é AQUILO a que o hinduísmo se refere como Brahman ou Parabrahm, o budismo como Adi-Buddhi e a Cabala como Ain-Soph. Não é uma Pessoa ou um Ser de qualquer natureza. Seria enganoso e deturpador falar sobre Aquilo como “Deus”, uma vez que difere de quase todas as concepções religiosas sobre Deus. Pode ser mais bem descrito como a ENERGIA e CONSCIÊNCIA infinita e eterna que é tudo e está em tudo.
A Teosofia ensina – a divindade e a unidade de toda a vida. Todo ser vivo é divino e espiritual em sua essência mais íntima, que é o seu verdadeiro Self. Na parte mais elevada de nosso ser, o nosso Self Superior, cada um de nós é literalmente o Brahman mencionado acima.
A Teosofia ensina – que há muitas Almas, mas apenas um Espírito. Somos todos Almas individuais, no entanto, na parte mais elevada de nosso ser, somos todos literalmente um e o mesmo. Não temos Espíritos individuais. As Almas são muitas, mas o Espírito é UM SÓ. “Assim como um e o mesmo Sol brilha sobre cada um nessa Terra, um e o mesmo Espírito brilha e ilumina todas as Almas”. (Krishna no “Bhagavad Gita”) Esse é novamente o Brahman já mencionado.
A Teosofia ensina – que o Universo é uma manifestação cíclica e periódica. Ele surgiu a partir do Princípio Divino por meio da evolução (não da criação) e permanece e evolui por um período de tempo incrivelmente longo. Depois, gradualmente se desintegra e desaparece, sendo tudo reabsorvido em Brahman. Em algum momento, após a mesma duração de tempo em que existiu, ele renasce, em um nível mais elevado do que o anterior.
A Teosofia ensina – que o Universo e tudo o que nele existe está em constante processo de evolução. A evolução da matéria e das formas objetivas é inegável, mas o aspecto mais importante da evolução é a evolução e o desdobramento gradual, o avanço e o desenvolvimento das entidades interiores invisíveis (ou Almas) através dessas formas e corpos materiais/objetivos. O homem desceu como uma “Centelha Divina” para a matéria e tem trilhado seu caminho até o reino humano, passando pelos reinos mineral, vegetal e animal em distantes épocas passadas. Agora ele está evoluindo de volta em direção à consciência de sua verdadeira natureza espiritual.
A Teosofia ensina – que os seres humanos possuem, de fato, uma natureza sétupla. Cada um de nós é composto por sete “princípios” ou componentes. Três deles são imortais e duram de uma vida para outra, enquanto os outros quatro duram apenas uma vida e são renovados a cada nascimento sucessivo. A Tríade Superior consiste em (1) O nosso Self Divino; Espírito puro e eterno – chamado Atma na Teosofia (2) A nossa Alma Espiritual; o veículo para a radiação da luz do Espírito – chamado Buddhi na Teosofia, e (3) A nossa Alma humana individual, que é a mesma coisa que a mente; este é o nosso Ego (no verdadeiro sentido dessa palavra), nosso “Eu” ou individualidade permanente, a parte de nós que reencarna – chamada Manas na Teosofia. O Quaternário Inferior consiste em (1) A nossa natureza passional; o elemento do desejo descrito figurativamente como a “alma animal” – chamado Kama na Teosofia (2) A nossa natureza vital; a força vital ou energia vital que realmente nos mantém vivos e em encarnação física – chamado Prana na Teosofia (3) O nosso corpo astral; o modelo sutil e invisível, a estrutura e o molde sobre e em volta do qual o corpo físico é construído; pode ser descrito como nosso “corpo energético”, o veículo através do qual Prana flui para o corpo físico – chamado Linga Sharira na Teosofia, e (4) nosso corpo físico; que, na realidade, nada mais é do que a nossa casca externa e o veículo durante a vida para a manifestação de todos os outros princípios – chamado Sthula Sharira na Teosofia.
A Teosofia ensina – que a reencarnação é o meio para a evolução da alma humana. O corpo físico e a personalidade que temos hoje é apenas um dos muitos que temos ocupado ao longo da nossa longa jornada evolutiva. Em todo o esquema das coisas, esta vida que estamos a viver agora corresponde apenas a um capítulo, ou mesmo apenas a uma página, em todo o “livro das vidas” da nossa alma. As circunstâncias, situações e condições de cada vida foram formadas pelas nossas próprias acções anteriores, quer estivéssemos ou não cientes disso. No passado, criámos o nosso presente e no presente estamos a criar o nosso futuro. Ninguém pode evitar ou escapar à reencarnação, uma vez que esta é a Lei da Natureza. O ciclo de nascimento, morte e renascimento só chega ao fim quando o indivíduo atingiu a verdadeira perfeição espiritual, a liberdade de todo o desejo, e o reencontro consciente com o Divino. A isto chama-se Nirvana, Moksha, ou ser reabsorvido em Brahman.
A Teosofia ensina – que toda forma de vida é governada pela Lei do Carma. Tudo no Universo está sob o domínio do Carma. Esta é a Lei infalível, inequívoca e incrivelmente abrangente Lei de causa e efeito, ação e reação, encadeamento e consequência. O que semeamos, acabaremos colhendo. O que colhemos, foi semeado anteriormente. Este é o caminho, o meio e o método pelo qual o Universo mantém sua harmonia, equilíbrio e balanço. O equilíbrio universal seria impossível a menos que a Grande Lei estivesse constantemente ajustando a ação à reação e a reação à ação. É uma Lei perfeita e inalterável, impessoal e justa. Na realidade, não há injustiça. Cada um de nós recebe exatamente o que merece, seja para o bem ou para o mal. A Lei do Carma é a lei do destino auto-criado. O Carma e a reencarnação estão inextricavelmente ligados…não se pode ter um sem o outro.
A Teosofia ensina – que aquilo que chamamos de “morte” é, na realidade, apenas uma transição, uma mudança de estado. O nosso verdadeiro ser nunca pode morrer. Quando ocorre a chamada morte, deixamos na Terra nosso corpo físico, nosso corpo astral, e a força de Prana. Entramos, então, no que poderia ser chamado de “plano astral”, a atmosfera psíquica que mais de perto circunda o plano físico. A Teosofia o chama de Kama Loka. Lá estamos inconscientes, em um tipo de estado de atordoamento e sono, e passamos pelo processo de separação de nossa natureza inferior e mortal de nossa natureza superior e imortal. Quando isso se completa, dizemos que ocorreu a “segunda morte”. O princípio de Kama e os elementos inferiores, terrenos e sensuais de Manas permanecem em Kama Loka como um tipo de concha sem sentidos e sem Alma e, em algum momento, se dissipam e se desintegram. Enquanto isso, a Alma entra no “estado de gestação”, um período de profunda inconsciência e inação antes de, por fim, despertar para o estado Celestial. Esse estado é chamado de Devachan na Teosofia. Não se trata de um lugar ou local, mas de um estado. É o Céu dos sonhos do indivíduo, criado involuntariamente a partir de sua própria consciência e que representa perfeitamente o tipo de vida após a morte em que ele acreditou, pensou e que esperou durante a vida. O estado devachânico dura exatamente de acordo com a quantidade ou força do Carma positivo acumulado pelo indivíduo durante a sua última vida. Depois, a reencarnação ocorre inevitavelmente. As Almas muito materialistas e orientadas para os desejos sensuais geralmente reencarnam muito rapidamente, mas para outras o período Devachan pode durar décadas, séculos ou mesmo milhares de anos.
A Teosofia ensina – que práticas como o espiritualismo, a mediunidade e a canalização são perigosas e prejudiciais tanto para os vivos como para os mortos. As Almas que partiram não podem nos ver. Salvo um número muito pequeno de excepções, é impossível para uma Alma que partiu se comunicar com os que ficaram na Terra através de um médium ou mesmo ver ou ter qualquer conhecimento do que está acontencendo aqui. Devachan não seria um estado de perfeita felicidade, paz e alegria se o indivíduo que estivesse lá ainda estivesse ligado de alguma forma ao plano físico. A Natureza é bondosa o suficiente para criar um abismo intransponível entre o estado celestial e o estado terreno, de modo que aqueles que já faleceram estão totalmente fora do alcance da existência física e dos indivíduos no plano físico. As principais exceções a esta regra são as pessoas que cometeram suicídio, as que foram assassinadas, e as que tiveram uma morte violenta. Elas permanecem em Kama Loka durante o restante da duração da vida que estavam destinadas a viver na Terra. É possível que médiuns e canalizadores entrem em contato com elas, mas isto é espiritualmente ilícito e pode conduzir a resultados deveras terríveis. Elas devem ser deixadas em paz e devem ser permitidos de prosseguir sem impedimentos em sua eventual ascensão. São principalmente as “conchas” sem sentidos e destituídas de Alma deixadas para trás em Kama Loka que são contatadas e conectadas com sucesso por meio da mediunidade e da canalização. Como as conchas retêm um certo grau de memória, elas são capazes de recitar e repetir automática e cegamente certos detalhes e partes de informações. As pessoas são iludidas a pensar que estão se comunicando com a pessoa real quando, na realidade, trata-se apenas de seu “cadáver psíquico”, os restos descartados da antiga personalidade. O espiritualismo, a mediunidade e todas as formas de canalização psíquica foram condenadas e combatidas pelas sábias tradições espirituais e filosóficas ao longo dos tempos, mais especialmente na Índia e no Oriente.
A Teosofia ensina – a importância vital do altruísmo, do desprendimento, da compaixão e de viver para ajudar e servir aos outros. Ela sustenta que a Fraternidade Universal não é meramente um ideal nobre e elevado, mas é eternamente um fato na Natureza. Tudo é um porque o UM é Tudo. Por conseguinte, é egoísmo vivermos apenas para nós mesmos. Somos todos parte do todo e não há separação no Universo. O desejo pessoal, a ambição, a ganância e a luxúria são todas formas erradas de egoísmo e é o egoísmo que é a grande maldição da humanidade e a causa do sofrimento humano. O ideal do Bodhisattva – o auto-sacrifício e a renúncia à felicidade eterna com a finalidade de permanecer sempre na Terra como um servidor e ajudante altruísta e eficaz da raça humana, sem procurar recompensa pessoal – é muito valorizado na Teosofia.
A Teosofia ensina – que todas as religiões são iguais em sua essência esotérica. Há um Ensinamento esotérico, uma filosofia universal, uma Doutrina Secreta, que está subjacente a todas as religiões do mundo. Na verdade, ela é anterior e transcende todas as religiões. É A VERDADE em si. Todas as religiões contêm alguma parte da Verdade, algumas em um grau maior do que outras. O hinduísmo e o budismo são as duas religiões mais “verdadeiras”, mas mesmo elas, em sua forma popular e pública, às vezes são distorcidas e induzem ao erro. O propósito do Movimento Teosófico é ensinar a Verdade tal como ela é, livre de todas as limitações e restrições de dogmas religiosos, credos e teologias. A filosofia universal não adulterada tem sido preservada e guardada ao longo das eras pelos Iniciados, Adeptos e Mestres de certas Fraternidades secretas no Tibete, na Índia, e no Oriente. Os volumosos escritos e ensinamentos de H.P. Blavatsky (fundadora do Movimento Teosófico moderno) apresentam, demonstram e comprovam este Ensinamento, até o limite permitido por esses Mestres, que foram seus Professores e Instrutores. A “Verdade” que acabou de ser mencionada foi algumas vezes chamada de Sabedoria Antiga, Sabedoria Eterna, e Sabedoria Divina. A palavra “Teosofia” é derivada da palavra grega “Theosophia”, que significa literalmente “Sabedoria Divina”.
Os teosofistas são perfeitamente livres para pertencer a qualquer religião, mas também sabem que não é realmente essencial ou necessário que eles pertençam ou se identifiquem com qualquer religião em particular. O lema do Movimento Teosófico é “Não há religião mais elevada do que a Verdade”.
A Teosofia não só permite, como encoraja ativamente a liberdade de pensamento, a liberdade de crença e a independência espiritual e mental.
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Tenha em mente que as explanações e exposições fornecidas pela redatora do site [www.blavatskytheosophy.com] não devem ser tomadas como uma autoridade infalível; elas meramente representam o melhor entendimento atual de uma estudante de Teosofia e podem estar sujeitas a alterações conforme mudam as compreensões e percepções da autora.