A Transmigração dos Átomos de Vida – H.P.Blavatsky
[Em um artigo intitulado “Hierosophy and Theosophy” que apareceu no Theosophist em julho de 1883, William Oxley, F.T.S., se referiu brevemente à mumificação praticada pelos antigos Egípcios com a finalidade de dar suporte a sua especulação sobre “átomos” e “Almas”. A esse trecho H.P.B. anexou uma nota de rodapé crítica. Então, na edição seguinte de agosto, um correspondente, “N.D.K.”, fez algumas perguntas sobre declarações feitas por H.P.B. nessa nota de rodapé. Aqui imprimimos a nota de rodapé de julho, seguida por um resumo das perguntas do N.D.K., e depois o artigo do título acima, que forneceu as respostas de H.P.B. – Os Editores]
O Sr.Oxley nos permitirá corrigi-lo. Ele olha para o involucro objetivo, terrestre e vazio – a “múmia” – e esquece que pode haver uma grande verdade científica e oculta escondida sob a alegoria grosseira. Nos ensinam que durante pelo menos 3.000 anos a “múmia”, apesar de todas as preparações químicas, continua expelindo até os últimos átomos invisíveis, que desde a hora da morte reentram os vários vórtices do ser, de fato, “por toda variedade de formas de vida organizadas”. Mas não é a Alma, o 5o, muito menos o 6o princípio, mas o átomo de vida de Jiva, o 2o princípio. No final dos 3.000 anos, às vezes mais, às vezes menos, após infinitas transmigrações, todos esses átomos são mais uma vez atraídos para formar a nova roupagem externa ou o corpo desta mesma mônada (a verdadeira Alma) com a qual já havia sido vestida dois ou três mil anos antes. Mesmo no pior caso de aniquilação do princípio pessoal consciente, a mônada ou Alma individual é sempre a mesma, assim como o são também os átomos dos princípios inferiores, os quais regenerados e renovados nesse sempre fluindo rio do ser, são atraídos magneticamente devido a sua afinidade e, novamente, reencarnam juntos. Assim era a autêntica teoria oculta dos Egípcios.
[Em sua carta ao editor, N.D.K. observa que a nota de rodapé de H.P.B. constitui “um novo episódio do ensino ocultista”, sugerindo uma base de verdade na doutrina da transmigração. “O que então”, pergunta ele, “significa os átomos de vida, e o fato de passarem por infinitas transmigrações?” E, também, “será que tanto os átomos invisíveis do Jiva, depois de passar por vários átomos vitais, voltam a formar novamente o corpo físico, assim como o Jiva da entidade que chegou ao fim de seu estado devachânico e está pronta para reencarnar? Além disso, “o termo ‘princípios inferiores’ inclui também ‘Kama Rupa’, ou apenas a tríade inferior do corpo, Jiva e Linga Sharira“? Por fim, “os átomos do 4º princípio (Kama Rupa) e a porção inferior do 5º, que não pode ser assimilada pelo 6º, depois de passar por várias transmigrações, também se formam novamente para constituir de novo o 4º e o 5º inferior da próxima encarnação?”]
Para começar, chamaríamos a atenção do nosso correspondente para a frase final da nota de rodapé sob sua revisão. “Tal era a verdadeira teoria oculta dos Egípcios” – a palavra “verdadeira” sendo usada ali no sentido de ser a doutrina em que eles realmente acreditavam, diferente de ambos os princípios que lhes foram inspirados por alguns orientalistas e citados pelo Sr. Oxley, e do que os ocultistas modernos podem estar ensinando agora. Não é lógico que, fora essas verdades ocultas que eram conhecidas e reveladas pelos grandes hierofantes durante a iniciação final, devemos aceitar tudo o que os Egípcios ou qualquer outro povo possa ter considerado como verdadeiro. Os Sacerdotes de Ísis foram os únicos verdadeiros iniciados e seus ensinamentos ocultos ainda eram mais velados do que os dos Caldeus. Havia a verdadeira doutrina dos Hierofantes do Templo interno; depois os princípios hieráticos meio-veiculados do Sacerdote do Templo externo; e finalmente, a religião popular comum da grande maioria de ignorantes a quem era permitido reverenciar os animais como divinos. Como foi corretamente demonstrado por Sir Gardner Wilkinson, – “a dissolução é apenas a causa da reprodução … nada que já existiu perece, mas coisas que parecem ser destruídas apenas mudam sua natureza e passam para outra forma”. No caso em questão, no entanto, a doutrina Egípcia dos átomos coincide com nossos próprios ensinamentos ocultos.
A justa crítica ao nosso irmão observador, que com toda certeza toma a frase – “os átomos de vida de Jiva” em seu sentido literal, nos lembra, ao mesmo tempo e mais do que nunca, desse importantíssimo fato de que todo cuidado é pouco para expressar claramente novas ideias quando escrever sobre assuntos metafísicos. Ao escrever as palavras em questão, não se pensou, de fato, que a ideia era “um novo episódio” e, portanto, sua incompletude deu origem a um novo mal-entendido. Sem qualquer dúvida,
Jiva, ou Prana, é bastante diferente dos átomos que ele anima. O último pertence ao estado mais baixo ou grosseiro da matéria – o objetivamente condicionado; o primeiro, ao seu estado mais elevado: aquele estado que os não iniciados, ignorantes de sua natureza, chamariam de “objetivamente finito”, mas que, para evitar qualquer mal-entendido futuro, talvez nos seja permitido chamar de Subjetivamente Eterno, embora ao mesmo tempo, e em certo sentido, a existência persistente – por mais paradoxal e não-científico que o termo possa parecer. (1)
A vida, diz o ocultista, é a energia eterna não criada, e somente ela representa no universo infinito, aquilo que os físicos concordaram em nomear o princípio, ou a lei da continuidade, embora a apliquem apenas ao desenvolvimento sem fim do condicionado. Mas, como a ciência moderna admite, através de seus professores mais cultos, que “a energia tem tanto a pretensão de ser considerada como uma realidade objetiva quanto a própria matéria” (2), e que a vida, de acordo com a doutrina ocultista, – é a única energia agindo, semelhante a Protheus, sob as mais variadas formas, os ocultistas têm um certo direito de usar tal fraseologia. A vida está sempre presente no átomo ou na matéria, seja ela orgânica ou inorgânica, condicionada ou não – uma diferença que os ocultistas não aceitam. Sua doutrina é que a vida está tão presente no inorgânico quanto na matéria orgânica: quando a energia vital está ativa no átomo, esse átomo é orgânico; quando dormente ou latente, então o átomo é inorgânico. Por isso, a expressão “átomo da vida”, embora, de certa forma, apta a enganar o leitor, não é, afinal, incorreta, pois os ocultistas não reconhecem que qualquer coisa na natureza pode ser inorgânica, e não conhecem “átomos mortos”, qualquer que seja o significado que a ciência possa dar ao adjetivo.
A alegada lei da Biogênese é o resultado da ignorância do homem da ciência da física oculta. É aceita porque o homem da ciência era, até agora, incapaz de encontrar os meios necessários para despertar para a atividade a vida adormecida no que ele denomina um átomo inorgânico: daí a falácia de que um ser vivo só pode ser produzido a partir de um ser vivo, como se já existisse tal coisa como matéria morta na Natureza! Nesse caso, e para ser consistente, uma mula deve ser
(1) Apesar de existir um termo distinto para ela na língua dos Adeptos, como se pode traduzi-la para uma língua europeia? Que nome pode ser dado ao que é objetivo, porém imaterial em suas manifestações finitas, subjetivo e substantivo (embora não no nosso sentido de substância) em sua existência eterna? Tendo explicado da melhor forma possível, deixamos a tarefa de encontrar um termo mais apropriado para nossos aprendizes ocultistas ingleses. -Ed.
(2) Universo Invisível
também classificada com matéria inorgânica, já que é incapaz de se reproduzir e gerar vida.
Nós colocamos tanta ênfase sobre o acima exposto para responder de uma vez a qualquer objeção futura à ideia de que uma múmia de vários milhares de anos de idade, possa estar expelindo átomos para fora. No entanto, a frase talvez tenha sido mais claramente expressa ao dizer, ao invés dos “átomos de vida de Jiva“, os átomos “animados por Jiva ou energia vital adormecida”. Mais uma vez, a frase citada por nosso correspondente do Fragmento Nº 1 (*), embora bastante correta no conjunto, pode ser mais completa, se não mais claramente expressa. O “Jiva“, ou princípio de vida que anima o homem, o animal, a planta ou mesmo um mineral, certamente é “uma forma de força, indestrutível”, já que esta força é a vida una, ou anima mundi, a alma viva universal, e que os vários modos em que as várias coisas objetivas nos aparecem na natureza em suas agregações atômicas, tais como minerais, plantas, animais etc., são todas as diferentes formas ou estados em que essa força se manifesta. Se ela se tornasse, não diremos ausente, pois isso é impossível, já que é onipresente, mas por um único instante inativa, digamos em uma pedra, as partículas dessa última perderiam instantaneamente sua propriedade coesiva e se desintegrariam imediatamente – embora a força ainda permanecesse em cada uma de suas partículas, mas em estado dormente. Assim, a continuação da frase que afirma que, quando esta força indestrutível é “desligada com um conjunto de átomos, torna-se imediatamente atraída por outros” não implica que ela abandona inteiramente o primeiro conjunto, mas apenas que transfere sua “vis viva”, ou poder vivente, a energia do movimento, para outro conjunto. Mas, como se manifesta no conjunto seguinte como o que se chama energia cinética, não significa que o primeiro conjunto é totalmente desprovido dele; pois ainda está nele, como energia potencial, ou vida latente. (3) Essa é uma verdade cardinal e básica do ocultismo, cujo conhecimento perfeito depende a produção de cada fenômeno. A menos que admitamos este ponto, devemos desistir de todas as outras verdades
(*) Dos “Fragments of Occult Truth–I” (Theosophist III, 18; vide “THEOSOPHY” 2:100). A frase completa diz: “O princípio Vital (ou Jivatma), uma forma de força, indestrutível, e quando desligado de um conjunto de átomos, tornando-se imediatamente atraído por outros”.
(3) Sentimo-nos constrangidos em fazer uso de termos que se tornaram técnicos na ciência moderna – embora nem sempre expressem completamente a ideia a ser transmitida – por falta de palavras melhores. É inútil esperar que a doutrina oculta possa ser sempre compreendida a fundo – mesmo os poucos princípios que podem ser dados com segurança ao mundo em geral – a menos que um glossário de tais palavras seja editado; e, o que é de importância ainda mais primária – até que o significado completo e correto dos termos ali ensinados seja completamente dominado. -Ed.
do ocultismo. Assim, o que se entende por “o átomo da vida passando por uma transmigração sem fim” é simplesmente isso: consideramos e chamamos em nossa fraseologia ocultista aqueles átomos que são movidos pela energia cinética como “átomos de vida”, enquanto aqueles que, por enquanto, estão passivos, contendo apenas energia potencial invisível, chamamos de “átomos adormecidos”, considerando ao mesmo tempo aquelas duas formas de energia produzidas por uma única e mesma força, ou vida. Temos que implorar a indulgência de nossos leitores: não somos nem um homem de ciência, nem um estudioso inglês. Forçados pelas circunstâncias a fornecer o pouco que sabemos, fazemos o melhor que podemos e explicamos os assuntos o melhor que podemos. Ignorantes das leis de Newton, afirmamos saber algo apenas acerca das leis ocultas do movimento. E agora para a doutrina hindu da metempsicose.
Ela tem uma base de verdade; e, na verdade, é uma verdade axiomática – mas somente com relação aos átomos e emanações humanas, e isso não somente após a morte de um homem, mas durante todo o período de sua vida. O significado esotérico das Leis de Manu (Sec. XII, 3, e XII, 54 e 55), dos versos que afirmam que “todo ato, seja mental, verbal ou corpóreo, produz frutos bons ou maus (Carma), as várias transmigrações dos homens (não das Almas) através dos estágios mais elevados, médios e mais baixos, são produzidas por suas ações”; e, novamente, que “’Um matador de Brahman’ entra no corpo de um cão, urso, asno, camelo, cabra, ovelha, pássaro, etc.”, “não faz referência ao Ego humano, mas apenas aos átomos de seu corpo, de sua tríade inferior e de suas emanações fluídicas.
Não há problema que os brâmanes distorçam, em seu próprio interesse, o verdadeiro significado contido nessas leis, mas as palavras, como foram citadas, nunca significaram o que elas foram feitas para gerar, mais tarde, a partir dos versos acima. Os brâmanes as aplicaram egoisticamente para si mesmos, ao passo que por “Brahman”, o sétimo princípio do homem, sua mônada imortal e a essência do ego pessoal foram alegoricamente interpretados. Aquele que mata ou extingue em si mesmo a luz de Parabrahm, ou seja, separa seu Ego pessoal do Atman e, assim, mata o futuro devachanee, torna-se um “Matador de Brahman”. Em vez de facilitar, por meio de uma vida virtuosa e aspirações espirituais a união mútua do Buddhi e do Manas, ele condena por seus próprios atos malignos cada átomo de seus princípios inferiores a ser atraído e puxado, em virtude da afinidade magnética assim criada por suas paixões, para os corpos em formação de animais inferiores ou brutos.
Esse é o verdadeiro significado da doutrina da metempsicose. Não é que tal fusão de partículas humanas com átomos animais ou mesmo vegetais possa implicar qualquer ideia de punição pessoal per se, pois é claro que não carrega. Mas é uma causa criada, cujos efeitos podem se manifestar durante os próximos renascimentos – a não ser que a personalidade seja aniquilada. Caso contrário, de causa em efeito, cada efeito tornando-se, por sua vez, uma causa, eles se processarão ao longo do ciclo de renascimentos, gastando-se o impulso outrora dado apenas no limiar de Pralaya. Mas sobre isso, dentro em pouco.
Apesar de seu significado esotérico, mesmo as palavras do maior e mais nobre de todos os Adeptos, Gautama Buda, são mal compreendidas, distorcidas e igualmente ridicularizadas. O Hinayana, a forma mais baixa de transmigração do Budista, é tão pouco compreendido quanto o Mahayana, sua forma mais elevada, e, como Sakya Muni demonstra ter observado uma vez a seus Bhikkus, enquanto lhes apontava uma vassoura, que “antes era um noviço que negligenciou varrer” a sala do Conselho, por isso renasceu como uma vassoura (!), portanto, o mais sábio de todos os sábios do mundo é acusado de superstição idiota. Por que não tentar descobrir, antes de acusar, o verdadeiro significado da afirmação figurativa? Por que devemos zombar antes de entender?
O que é chamado de efluente magnético é ou não algo, um material ou substância, invisível e imponderável, ainda que seja? Se os sábios autores de “O Universo Invisível” se opõem a que a luz, o calor e a eletricidade sejam considerados meramente imponderáveis, e mostram que cada um desses fenômenos tem tanto direito de ser reconhecido como uma realidade objetiva quanto a matéria – o nosso direito de considerar o fluido mesmérico ou magnético que emana do homem para o homem, ou mesmo do homem para o que é chamado de um objeto inanimado, é muito maior. Não basta dizer que esse fluido é uma espécie de energia molecular como o calor, por exemplo, porque ele é muito mais. O calor é produzido sempre que a energia visível é transformada em energia molecular, nos dizem, e pode ser expelido por qualquer material composto de átomos adormecidos ou matéria inorgânica, como é chamado: enquanto o fluido mesmérico ou magnético projetado por um corpo humano vivo é a própria vida. “De fato, são átomos de vida” que um homem, numa paixão cega expulsa inconscientemente e apesar de fazê-lo tão eficazmente quanto um hipnotizador que os transfere de si mesmo para qualquer objeto de forma consciente e sob a orientação de sua vontade. Deixe qualquer homem ceder a qualquer sentimento tenso, como raiva, dor etc., sob ou perto de uma árvore, ou em contato direto com uma pedra; e muitos milhares de anos depois, qualquer psicômetro mediano verá o homem e sentirá seus sentimentos, a partir de um único fragmento daquela árvore ou da pedra que ele havia tocado. Segure qualquer objeto em sua mão, e ele ficará impregnado com seus átomos de vida, absorvidos e expelidos, mudados e transferidos em nós a cada instante de nossas vidas. O calor animal é tão somente muitos átomos vivos em movimento molecular. Não requer nenhum conhecimento especializado, mas simplesmente o dom natural de um bom sujeito clarividente para vê-los passar de um homem para outro, do homem para os objetos e vice-versa, como uma lampejante chama azulada.
Por que então não deveria uma vassoura, feita de um arbusto que cresceu muito provavelmente nas proximidades do edifício onde o noviço preguiçoso vivia, um arbusto, talvez, repetidamente tocado por ele enquanto em estado de raiva, provocado por sua preguiça e aversão ao seu dever, por que não deveria uma quantidade de seus átomos de vida ter passado para os materiais da futura vassoura e nela ter sido reconhecido por Buda, devido a seus poderes sobre-humanos (não sobrenaturais)? Os processos da natureza são atos incessantes de empréstimo e de doação. O cético materialista, no entanto, não aceitará nada, exceto em sentido literal, de letra morta. Convidamos os cristãos orientalistas que riem desse registro dos ensinamentos de Buda a compará-lo com uma certa passagem dos Evangelhos – um ensinamento de Cristo. À pergunta de seus discípulos “quem pecou, esse homem ou seus pais, para que nascesse cego?” – a resposta que eles receberam foi – “nem esse homem pecou, nem seus pais: mas foi assim, para que se manifestem nele as obras de Deus”.(João ix. 2-3)
Agora, a declaração de Gautama tem um significado científico e filosófico, ao menos para todo ocultista, caso falte um significado claro para o profano; enquanto a resposta colocada (provavelmente séculos depois (4)) na boca do fundador do Cristianismo por seus biógrafos excessivamente zelosos e ignorantes, sequer têm esse significado esotérico, com o qual tantos dos ditos de Jesus são férteis. Esse suposto ensinamento é um insulto inoportuno e blasfemo a seu próprio Deus, indicando, como claramente o faz, que para o prazer de manifestar seu poder, a Deidade havia predestinado um homem inocente à tortura
(4) E provavelmente por, ou sob, a inspiração de Irineu – já que a sentença se encontra no 4º Evangelho, o de João, que ainda não existia na época de suas brigas com os Gnósticos. -Ed.
de uma cegueira vitalícia. Também acusa Cristo de ser o autor dos 39 Artigos!
Para concluir nossa resposta muito longa, os “princípios inferiores” mencionados na nota de rodapé são os 1º, 2º e 3º. Eles não podem incluir Kama Rupa, pois esse “rupa” pertence ao meio, não aos princípios inferiores. E, à pergunta adicional de nosso correspondente, “fazer com que os átomos desses (o 4º e o 5º) também voltam a se formar depois de passar por várias transmigrações para novamente constituir o 4º e a porção inferior do 5º da próxima encarnação” – nós respondemos – “sim”. A razão pela qual tentamos explicar a doutrina dos “átomos de vida” com tal extensão, está precisamente em conexão com esta última pergunta, e com o objetivo de lançar mais um valioso indício. No entanto, no momento, não nos sentimos livres para dar mais detalhes.
H.P. BLAVATSKY
Theosophist, julho, agosto 1883