Atlântida e Lemúria – Blavatskytheosophy.com
Verdades e fatos profundos e intrigantes, potencialmente de tremenda importância para a humanidade, são revelados pela primeira vez em certas cartas escritas por dois Mahatmas da Irmandade Trans-Himalaiana aos teosofistas do final do século XIX. Há muito na primeira parte de uma carta sobre os continentes agora submersos da Atlântida e da Lemuria, os lares da quarta e terceira Raças Raiz, respectivamente. Atlântida e Lemuria são badalados termos em voga no movimento da Nova Era de hoje, mas muitas vezes são mal compreendidos e deturpados.
Foi Madame H. P. Blavatsky e o Movimento Teosófico que primeiro apresentaram ao mundo os ensinamentos espirituais sobre Atlântida e Lemuria, principalmente na monumental obra-prima de Blavatsky “A Doutrina Secreta” e também em livros de outros teosofistas, como “Budismo Esotérico” de A. P. Sinnett, que foi baseado em informações dessas cartas dos Mahatmas que, à época, ainda não tinham sido publicadas. No excelente novo livro “Atlântida e os Ciclos do Tempo“, de Joscelyn Godwin, o autor mostra como os ensinamentos espirituais sobre essas duas civilizações perdidas e antigas se tornaram progressivamente mais fantásticos, ridículos e sensacionalistas após a morte de HPB e particularmente com o aumento de mensagens “canalizadas”. Parece que muitos escritores da Nova Era fariam excelentes escritores de ficção científica e romances de fantasia, mas seriam filósofos medíocres e expoentes ainda mais medíocres da pouca Sabedoria Antiga que eles são capazes de compreender.
Em uma carta citada por Sinnett em seu livro, o Mestre K.H. escreve: “Lemuria e o continente atlântico não podem ser mais confundidos que a Europa com a América. Ambos afundaram e afogaram com suas adiantadas civilizações e “deuses”, porém, entre as duas catástrofes, transcorreu um curto período de cerca de 700.000 anos.”.
Como a Lemuria e a Atlântida são frequentemente citadas conjuntamente), muitas pessoas erroneamente assumiram que elas devem ter sido mais ou menos a mesma coisa. Mas este não é o caso. A Lemuria era o enorme continente pacífico e a Atlântida o enorme continente atlântico. As grandes massas aquáticas dos oceanos Pacífico e Atlântico estão onde as maiores partes destes continentes se encontravam outrora. Dizemos “as maiores partes” porque, conforme mostrado em um outro artigo, a “Doutrina Secreta” explica que Atlântida não localisava-se somente no Atlântico.[em Inglês] Similarmente, a Lemuria não estava localizada apenas no Pacífico. Para maiores detalhes, vide o link agora mencionado. Certamente não foram chamadas de “Atlântida” e “Lemuria” na realidade, mas estes nomes foram cunhados como termos descritivos no século XIX para facilitar a referência e a compreensão. HPB explica em “A Doutrina Secreta” que o nome “Lemuria” foi, na verdade, uma invenção do zoólogo P. L. Sclater entre 1850 e 1860 e que também foi usado pelo eminente biólogo e filósofo alemão Ernst Haeckel em seu “Pedigree of Man“.
Mas quaisquer que fossem os nomes de fato desses dois continentes, suas efetivas existências são fortemente afirmadas pelos Mestres, os únicos que detêm os registos secretos a esse respeito.
A Lemuria e seus diversos povos – os lemurianos – precederam a Atlântida e os atlantes e foram destruídos por fogo subterrâneo, pela ação vulcânica e pelo afundamento de suas terras, enquanto a Atlântida e os atlantes ainda estavam em sua infância como civilização. A Raça Raiz Atlante foi a predecessora de nossa própria Raça Ariana (também chamada Indo-Caucasiana) e, à luz deste fato, combinado com o quão muito tempo a Atlântida floresceu – para não mencionar sua pré-histórica civilização aparentada do Pacífico, a Lemuria – é obviamente errado e impossível que os atlantes ou lemurianos fossem de aparência branca ou caucasiana de forma alguma, apesar da preferência do movimento da Nova Era e de sua peculiar inclinação para retratá-los como tal. A maioria deles apresentava relativamente pouca semelhança física com o homem moderno. Muitos dos atlantes eram gigantescos em estatura e os lemurianos ainda mais. A época lemuriana foi há tanto tempo e tão longínqua na primeira infância do homem físico que os lemurianos – que se diz terem possuído um “Terceiro Olho” na parte de trás de suas cabeças, que no homem moderno é degenerado e representado pela glândula pineal – nunca sequer desenvolveram qualquer forma de fala ou comunicação verbal além de um grunhido monossilábico básico. A Teosofia trata de fatos enquanto o movimento da Nova Era trata de fantasia. Mas voltando à carta …
Aqui o Mestre K.H. descreve a Atlântida como “o grande continente, o pai de quase todos os continentes atuais” e afirma que a destruição, inundação e submersão de suas últimas porções remanescentes ocorreu “há 11.446 anos, quando sua última ilha, que, traduzindo seu nome vernáculo, podemos chamar com propriedade de Poseidonis – afundou com um estrondo”. Tendo em conta que estas palavras foram escritas em 1882, podemos concluir que este evento foi há 11.580 anos atrás a partir de 2016 ou, em outras palavras, foi em 9.564 a.C. Esta data específica também é citada mais tarde pelos Mestres.
Falando novamente desse evento – a destruição final e completa da Atlântida – e revelando mais da história por trás dela, ele diz: “o grande evento – o triunfo dos nossos “Filhos da Névoa de Fogo”, os habitantes de ‘Shambullah’ [isto é, Shamballa ou Shambhala] (quando ainda uma ilha no Mar da Ásia Central) sobre os magos egoístas, mas não inteiramente malvados, de Poseidonis ocorreu há apenas 11.446 anos”. O Mestre K.H. explica nesta carta que o Mestre M. tinha sugerido que ele desse “mais alguns detalhes sobre a Atlântida, uma vez que ela está muito ligada ao mal, quando não à sua origem”.
Explicando alguns aspectos do que poderíamos chamar de “etnologia esotérica”, ele diz que as raças orientais de hoje, como a chinesa, a mongol, a tibetana, a malaia, a indonésia, a japonesa, a vietnamita, etc., descendem em grande parte da sétima e última sub-Raça da Raça Raiz Atlante, enquanto os povos indígenas da África e da Austrália são originários das primeiras sub-Raças Atlantes, assim como da sétima e última sub-Raça da Raça Raiz Lemuriana. A primeira sub-Raça desta atual Raça Raiz é a dos povos indígenas, enquanto a mais recente sub-Raça desta Raça Raiz é a dos europeus brancos. O Mestre afirma que esses últimos são “o povo mais elevado” em termos do que ele chama de “intelectualidade física”, mas que os indianos formam o povo espiritualmente mais elevado da Terra hoje em dia. HPB ecoou isso em uma de suas próprias cartas para A. P. Sinnett quando ela escreveu, “espiritualmente eles [isto é, o povo da Índia] são imensamente mais elevados do que nós. O ponto físico da evolução que alcançamos apenas agora – eles chegaram a ele há 100.000 anos atrás, talvez. E o que eles são agora espiritualmente você não deve esperar alcançar na Europa antes de ainda alguns milênios. Eles estão quase prontos para a evolução das suas unidades da Sexta Raça, e a Europa ainda há de esperar em vão por eles, e deve agradecer às suas estrelas por evoluírem, mesmo que ocasionalmente, personagens espirituais e belos parecidos como hindus”.
De acordo com a lei cíclica e o contínuo e inevitável processo de evolução, cada Raça ou época acaba sempre por chegar ao fim, tendo o seu próprio continente ou terras (juntamente com a maioria do seu povo) destruídos – alternadamente pelo fogo e pela água – e submersos sob o oceano, para se erguerem novamente numa data posterior muitos milénios no futuro.
Nesta mesma carta aprendemos alguns detalhes interessantes sobre a próxima destruição da Raça Raiz Ariana que também é referida numericamente como a quinta Raça Raiz no ensino teosófico. Isto não deverá acontecer até daqui a muitos milhares de anos, mas quando acontecer, as Ilhas Britânicas serão as primeiras vítimas da necessária calamidade, seguidas pela França “e outras terras”. Estas serão destruídas pelo fogo e depois submergidas nas águas, onde os continentes agora submersos da Lemuria e da Atlântida se erguerão e reaparecerão “imediatamente”. Esses grandiosos continentes, tendo se erguido do fundo do oceano, acabarão por se tornar o lar de partes da sexta Raça Raiz. É claro que, para começar, serão inabitáveis por terem feito parte do fundo do oceano por centenas de milhares de anos ou até mais. Quando a sétima e última sub-Raça da futura sexta Raça Raiz estiver florescendo na “Lemuria” e na “Atlântida” – os maciços continentes Pacífico e Atlântico – as terras que afundaram no final da quinta Raça Raiz, incluindo as Ilhas Britânicas e as malfadadas partes da Europa, irão reaparecer.
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