Uma correta Compreensão da Reencarnação – Blavatskytheosophy.com
Hoje é difícil de acreditar, mas é verdade que até 140 anos atrás quase ninguém no mundo ocidental tinha ouvido falar de reencarnação ou sabia alguma coisa sobre ela. Isso nem sempre tinha sido assim já que a crença na reencarnação floresceu no Ocidente em tempos passados (através dos druidas, de Pitágoras, Platão e dos neoplatônicos, para citar apenas alguns) e tinha até mesmo feito parte do Cristianismo primitivo até ser oficialmente declarada herética pela Igreja no século VI d.C. Depois disso, o conceito de reencarnação desapareceu quase que totalmente da consciência ocidental até ser reintroduzido, com um toque oriental, por H. P. Blavatsky e pelo Movimento Teosófico, juntamente com outros ensinamentos claramente orientais como o Carma e a Unidade e Divindade de toda vida.
A verdade e a realidade da reencarnação foram rapidamente entendidas e assimiladas por muitos e, em pouco tempo, a palavra e a ideia básica por trás dela foram incorporadas pela maioria das pessoas.
Nas últimas décadas, pesquisas científicas e analíticas meticulosas, como a do Dr. Ian Stevenson e agora as de seu sucessor, o Dr. Jim Tucker, forneceram evidências sólidas de que a reencarnação é um fato. Na medida em que tal coisa possa ser “provada” por meios puramente físicos, ela foi provada. Os achados e as conclusões minuciosamente documentados de profissionais tão respeitados, respaldados, como o são, por uma grande quantidade de evidências convincentes e inquestionáveis, não podem, obviamente, ser explicados pela ciência materialista, mas também não podem ser menosprezados.
Embora um número crescente de pessoas diga que acredita em reencarnação, parece que relativamente poucas são capazes de explicar adequadamente ou falar sobre isso com outras pessoas, talvez por não terem uma compreensão completa do que ela realmente é e como funciona de fato. A Teosofia afirma que o Carma e a Reencarnação são os dois conceitos espirituais mais vitais para a humanidade compreender com precisão. Esperamos que esses dez pontos ajudem a proporcionar uma compreensão melhor e também mais prática deste nobre e antigo ensinamento.
Este é um artigo que complementa “Uma correta compreensão do Carma”, o qual pode ser lido clicando no link.
- O QUE É A REENCARNAÇÃO
Reencarnação significa a mesma coisa que reincorporação e renascimento. É a Alma humana que retorna à Terra repetidas vezes e, a cada vez, passa a habitar um novo corpo físico com a finalidade de continuar a jornada progressiva de evolução interior, avanço, desenvolvimento e desabrochar da Alma. A morte não é o fim e o nascimento não é o começo.
A Alma reencarna devido a três razões principais – (1) Ela ainda tem lições a aprender, (2) Ela ainda tem “dívidas cármicas” que precisa esgotar para equilibrar ainda mais seu Carma, (3) Ela ainda não concretizou plenamente sua própria natureza divina o unidade absoluta com o Divino e, portanto, com toda forma de vida, e ainda não voltou a ser, em consciência, AQUILO que ela verdadeira e realmente é. A reencarnação é uma Lei da Natureza. Não é verdade que “somente algumas Almas reencarnam” ou que “a reencarnação é a exceção e não a regra”, como alguns têm afirmado. É um processo cíclico contínuo e necessário para toda Alma.
Há três possibilidades em relação ao que acontece conosco quando morremos. Há a visão dos ateus e materialistas, que dizem que não somos nada mais do que um pedaço de matéria sem Alma e sem propósito e que simplesmente deixamos de existir quando o corpo físico morre. Depois, há a visão de “uma só vida” defendida por algumas religiões, que sustentam que a Alma vive apenas uma vez na Terra e que, depois que o corpo morre, a Alma vai para o Céu por toda a eternidade ou arde no Inferno por toda a eternidade. As religiões que ensinam este conceito geralmente insistem que são a única religião correta e que somente as pessoas que pertencem a essas religiões especificas irão para o Céu.
A terceira possibilidade é a de um processo contínuo de reencarnação. Hoje em dia, 25-30% das pessoas no Ocidente dizem acreditar em reencarnação e essa tem sido uma crença padrão em grande parte do Oriente por milhares de anos, tendo sua origem no Hinduísmo, que é a religião mais antiga existente do mundo. Também é uma das principais características do Budismo e de outras religiões indianas, como o Jainismo e o Sikhismo. Os seres humanos têm a liberdade de decidir qual dessas três possibilidades lhes parece mais razoável e plausível.
- A REENCARNAÇÃO NÃO É IMEDIATA
A reencarnação não acontece imediatamente após a morte. Não é o caso de a Alma deixar um corpo e, em seguida, entrar instantaneamente no corpo de um bebê que está prestes a nascer. Há sempre um período de intervalo, durante o qual a Alma experimenta seu próprio estado pessoal de “Céu”, criado involuntariamente a partir da sua própria consciência e que corresponde exatamente à vida após a morte como a pessoa acreditava e esperava, durante a vida que acabara de terminar.
Os ensinamentos da Teosofia se referem a esse estado sob o nome tibetano de “Devachan”. Esse estado dura exatamente de acordo com a quantidade e a força do Carma bom ou positivo que a Alma criou durante a vida que acabou de terminar. Quando a Alma tiver colhido todos os frutos desse bom Carma em sua feliz experiência devachânica, ocorre o processo de reencarnação. A velocidade com que isso acontece varia de Alma para Alma e depende de uma série de fatores, mas principalmente da quantidade de bom Carma da última encarnação e do grau de espiritualidade e pureza da Alma. Alguns podem não reencarnar até que centenas ou mesmo milhares de anos tenham se passado, enquanto outros podem até reencarnar em questão de poucos anos ou de meses. Não há uma regra rígida e definida.
- OS HUMANOS SEMPRE REENCARNAM COMO HUMANOS
Existem reinos ou departamentos distintos na Natureza, todos eles representando fases específicas e distintas de evolução interior. Depois de evoluir de um desses reinos para outro acima dele, a Alma não pode retornar a um ciclo e estágio de sua evolução que já tenha passado e concluído. Embora a evolução seja um processo muito lento e gradual ela, ainda assim, prossegue de forma definida e ordenada.
Tendo passado do reino mineral para o reino vegetal, não podemos e não voltamos a ser membros do reino mineral. Tendo passado do reino vegetal para o reino animal, não podemos e não voltamos a entrar no reino vegetal. Da mesma forma, uma vez que tenhamos ultrapassado o marco definitivo e importante de entrar em uma longa série de vidas como uma individualidade autoconsciente no reino humano, não podemos e não retornamos a um nível inferior de evolução pelo qual já passamos completamente e que não pode ter mais efeito, propósito ou utilidade para nós.
A Alma humana nunca reencarna como animal, árvore, planta, pedra ou qualquer outra coisa que não seja outro ser humano.
4. O CARMA E A REENCARNAÇÃO ESTÃO INDISSOLUVELMENTE LIGADOS
[Este trecho também aparece como #4 no artigo “Uma correta compreensão do Carma”, que pode ser lido clicando no link.
O Carma e a reencarnação estão indissoluvelmente ligados um ao outro. Não é possível ter um sem o outro. É óbvio que uma única vida não é, de forma alguma, suficientemente longa para colher todos os efeitos de todas as causas que colocamos em movimento durante essa vida. Também é evidente que alguns dos aspectos e circunstâncias de nossa vida atual não têm suas origens na vida atual, mas possivelmente em um passado distante. A encarnação física em si é um efeito cármico, já que uma das principais razões pelas quais reencarnamos é para lidar com nosso Carma passado. Para ter uma compreensão adequada do Carma, a pessoa também deve entender corretamente a reencarnação. Para ter uma compreensão adequada da reencarnação, a pessoa também deve entender corretamente o Carma.
5. NÓS NÃO ESCOLHEMOS CONSCIENTEMENTE OS NOSSOS PAIS
É uma crença popular em alguns círculos que, enquanto estiver nos reinos espirituais antes da reencarnação, cada Alma escolhe e seleciona conscientemente seus pais para sua próxima vida, juntamente com outros aspectos como a localização, o contexto e as circunstâncias do nascimento e assim por diante. Mas o fato é que a Alma não escolhe nem decide conscientemente quem serão seus pais, nem nenhuma dessas outras coisas mas, em certo sentido (embora não conscientemente), ela escolhe, porque seus pais e outros aspectos de seu renascimento iminente são determinados pelo próprio Carma da Alma, ou seja, pelas causas que a Alma colocou em movimento anteriormente quando estava na Terra, cujos efeitos devem ser resolvidos agora.
- A MEMÓRIA DE VIDAS PASSADAS
As pessoas perguntam frequentemente: “Se a reencarnação é verdadeira, então porque não nos lembramos das nossas vidas anteriores ou pelo menos de alguns detalhes delas?”
Na mesma linha, poderíamos perguntar: “Por que você não consegue se lembrar dos detalhes do que estava fazendo nesta data há dez anos?” Obviamente, temos um novo cérebro em cada nova vida, porque temos um novo corpo físico. Se o cérebro de uma pessoa é incapaz de ajudá-la a se lembrar de muitas de suas próprias ações, pensamentos e experiências da vida atual, então ela dificilmente pode acuradamente esperar se lembrar de ações, experiências e circunstâncias de vidas anteriores, em cada uma das quais ela tinha um cérebro completamente diferente!
A memória completa e precisa de todas as nossas vidas anteriores está armazenada na Alma. Obviamente, ela não está armazenada dentro do nosso cérebro atual. O grau de receptividade de nosso cérebro à nossa Alma é amplamente determinado pelo grau de consciência e percepção espiritual que adquirimos em vidas anteriores. Mas mesmo em nossa vida atual, à medida que tornamos a nossa vida cada vez mais pura, boa e espiritual, temos mais chances de melhorar a receptividade de nosso cérebro à nossa Alma e à memória da Alma
Há algumas pessoas que de fato se lembram que já viveram antes e milhares desses casos foram considerados inteiramente precisos nas descrições dadas de detalhes, nomes, datas e eventos do passado. Não é raro que crianças pequenas, tendo recentemente recém reencarnadas, se lembrem e mencionem detalhes de uma vida passada, geralmente a que imediatamente precede a atual. Infelizmente, aqui no Ocidente cético e materialista, muitos pais e professores ignoram tais coisas e as descartam como sendo meramente imaginação infantil.
As lembranças de vidas passadas que ocorrem espontaneamente são geralmente consideradas muito mais precisas e confiáveis, quando investigadas mais a fundo, do que as “lembranças” instigadas por métodos como a terapia de regressão a vidas passadas. Muitos concluíram que as aparentes lembranças trazidas através de técnicas de regressão são frequentemente pouco mais do que imaginação, conteúdo da mente subconsciente ou detalhes e imagens captados do “inconsciente coletivo” ou “luz astral” na terminologia teosófica. Também deveríamos ser gratos pelo fato de as cenas e os detalhes de nossas vidas anteriores estarem ocultos de nós, porque depois de vermos e conhecermos alguns deles, podemos muito bem desejar não o ter feito!
- DE ACORDO COM NOSSOS ATOS E NOSSAS NECESSIDADES
A natureza de cada corpo no qual a Alma reencarna é “de acordo com nossas ações e nossas necessidades”, nas palavras dos Upanishads, que são as escrituras fundamentais da filosofia hindu. Nossos atos do passado determinaram o corpo – a casca exterior – que teremos de suportar por toda esta vida atual e também é o corpo mais adequado e apropriado para ajudar a atender às necessidades da Alma para sua evolução interior, seu desenvolvimento e a aprendizagem das suas lições nesta vida.
O Carma não comete erros. Nosso corpo nesta vida pode ser fraco, propenso a doenças ou até mesmo incapacitado… mas isso está de acordo com nossas ações e nossas necessidades. Nosso corpo pode ser inerentemente forte e robusto, permitindo que alcancemos e realizemos todos os tipos de coisas no nível físico …, novamente, isso está de acordo com as ações e necessidades da Alma para seu avanço nesse ponto específico de sua evolução.
Algumas pessoas se sentem como se fossem uma mulher presa em um corpo de homem ou vice-versa. Isso tende a indicar ou sugerir que essa Alma passou várias de suas vidas mais recentes em uma sucessão contínua de corpos pertencentes a um gênero em particular. Portanto, a Alma terá e tornado particularmente feminizada ou masculinizada, dependendo do gênero a que pertencia. Devemos nos lembrar de que, na realidade, a Alma não é nem masculina nem feminina.
Uma Alma muito feminizada, compreensivelmente, odiará encontrar-se em um corpo masculino, pois isso parecerá muito antinatural e estranho. Mas se a Alma feminizada está agora em um corpo masculino ou a Alma masculinizada está agora em um corpo feminino, isso está de acordo com suas ações e suas necessidades e uma dessas necessidades seria, aparentemente, “ajustar o equilíbrio”, já que nunca podemos tornar real ou contínuo o processo sendo apenas uma mulher ou apenas um homem em todas as nossas encarnações físicas. No entanto, aqueles que sentem que não conseguem permanecer no gênero de seu nascimento e, portanto, decidem mudá-lo, não devem ser criticados, julgados ou condenados, pois somente aqueles que se encontram nessa situação específica podem realmente saber como é a sensação.
- A INDIVIDUALIDADE PERMANENTE E A PERSONALIDADE ATUAL
É importante lembrar sempre que há uma distinção entre a personalidade atual e a individualidade permanente. A personalidade ou persona terrena – John Smith ou Mary Williams, por exemplo – nunca reencarnará.
Mas a Alma (a individualidade espiritual) que viveu uma vida na Terra na e através da personalidade de John Smith ou de Mary Williams REENCARNARÁ, em e por meio de outra nova personalidade. Portanto, não devemos cometer o erro de pensar que nossa Alma é idêntica à nossa personalidade / pessoa terrena. Não é.
Alguns aspectos e qualidades da nossa Alma – aspectos e qualidades que Ela adquiriu em vidas anteriores, quando encarnada em personalidades anteriores – certamente estão ativos e predominantes em nossa vida na Terra hoje, mas a personalidade atual não deve ser considerada um reflexo completo ou até mesmo particularmente preciso da individualidade permanente. A personalidade temporária de John Smith ou de Mary Williams representou apenas um capítulo, ou mesmo apenas uma página, em todo o “livro das vidas” dessa Alma.
A Alma, a individualidade permanente, é chamada de Ego nos ensinamentos da Teosofia, usando o termo “Ego” em seu sentido verdadeiro e literal de “Eu”. A Alma reencarnante é o verdadeiro “Eu” de nosso ser.
- A REENCARNAÇÃO E A POPULAÇÃO MUNDIAL
A população mundial aumentou em quase 6 bilhões nos últimos 120 anos e ainda está em aumentando, embora se espere que atinja o pico entre 2025 e 2050. Uma das principais causas desse aumento dramático da população é que, em geral, as pessoas estão atualmente reencarnando muito mais cedo, muito mais rapidamente, do que há 100 anos. Essa é uma dedução baseada no fato de que, de acordo com a Teosofia, o número de Almas humanas ligadas ao nosso planeta foi “fixado” e estabelecido desde a Raça Raiz anterior, sem a entrada de almas do reino animal ou de outros planetas. Nesse caso, a maciça explosão populacional só pode ser explicada pelo que acabou de ser dito.
A duração do tempo da Alma em seu estado de Devachan entre as vidas é sempre determinada em parte pelo grau de “espiritualização” da Alma. Quanto mais ateia, agnóstica ou materialista for uma pessoa, mais curto e menos claramente definido será esse período intermediário.
É inegável que houve um declínio geral da espiritualidade e do pensamento mais elevado em todo o mundo ao longo do último século. No final do século XIX, a maioria das pessoas em todo o mundo ainda tinha pelo menos algum grau de inclinação e crença espiritual ou religiosa e, portanto, suas Almas eram “espiritualizadas” pelo menos até certo ponto e pelo menos parte de sua consciência era direcionada, mesmo que apenas ocasionalmente, para assuntos mais elevados. Isso permitiu que o tempo da Alma no estado espiritual de Devachan após a morte fosse prolongado.
No Ocidente, a queda da Igreja Cristã e a ascensão paralela da ciência materialista tiveram o efeito combinado de criar gerações de agnósticos, ateus, materialistas e sensualistas, uma vez que não havia nada para preencher a lacuna da consciência humana entre a fé religiosa cega que insistia que a Bíblia é a Palavra de Deus infalível e literal e as proclamações ateístas dos cientistas, que declararam – e continuam a declarar – que não há nada além de matéria e que não existe tal coisa como Alma, Espírito ou qualquer propósito ou significado real para qualquer coisa que seja.
Um dos propósitos da fundação do Movimento Teosófico moderno naquela época era ajudar a preencher essa lacuna e apresentar à humanidade uma espiritualidade inteligente e fundamentada, baseada na Filosofia Esotérica do Oriente. Infelizmente, após a morte de H. P. Blavatsky, os ensinamentos e o foco da Teosofia foram propositalmente distorcidos e alterados por certos líderes da Sociedade Teosófica, e o grau de respeito e eficácia que a Teosofia havia conseguido alcançar no Ocidente foi em grande parte perdido.
Hoje, o ocidental médio é agnóstico, se não ateu, e aceita e acredita inquestionavelmente nos pontos de vista e pronunciamentos da ciência de forma tão inquestionável e cega quanto seus antepassados aceitavam e acreditavam nos pronunciamentos do sacerdote. Grande parte do Oriente também está caminhando agora na mesma direção, embora não na mesma medida.
Uma visão de mundo verdadeira e totalmente ateísta ou materialista leva naturalmente a uma completa diminuição da espiritualidade e da ética e a um aumento da sensualidade e da superficialidade. Então, não é realmente surpreendente que uma enorme proporção de Almas, não tendo desenvolvido quaisquer tendências ou qualidades espirituais em suas encarnações mais recentes devido ao que foi acima exposto acima, não tenham nada dentro de si, no presente momento, que lhe proporcione muito – se é que tem algo – no sentido de um intervalo devachânico para elas e, portanto, estejam retornando à vida terrena com uma rapidez desconcertante.
E quanto mais vezes e mais frequentemente retornam, mais tempo e oportunidade têm de procriar novamente e, assim, ajudar a trazer outras Almas similares de volta à encarnação. Como a ciência e o sexo são os deuses do século XXI, esse problema não mostra sinais de que vai diminuir. Todos os principais problemas e questões preocupantes que afetam o mundo de hoje são problemas espirituais, em sua natureza subjacente, e até que as pessoas espirituais tenham a inteligência e a iniciativa de abordá-los de forma sadia, altruísta, e inteligente, os problemas da humanidade continuarão aumentando. Apenas dizer “Amor e luz, amor e luz” e “Somos todos um” não vai adiantar.
- O FIM DA REENCARNAÇÃO
Quando a Alma tiver se aperfeiçoado, se purificado, acertado todas as suas contas cármicas e conscientemente tiver se reunido e se fundido com o seu Self Superior – o puro Espírito eterno – então, e somente então, pode-se dizer que o ciclo de nascimento, morte e renascimento chegou ao fim. É seguro dizer que pouquíssimos de nós, se é que algum de nós, está perto de atingir esse estágio.
O ciclo, círculo ou roda de nascimento, morte e renascimento é chamado de “Samsara” no Hinduísmo e no Budismo, que significa “o mar de sofrimento” e “o oceano da existência condicionada”. Quando a Alma individual ou Ego tiver terminado de atravessar o oceano da existência condicionada e tiver alcançado o estado de Buda (por falta de uma frase melhor), Ela poderá então entrar no oceano infinito da não-existência incondicionada – o Nirvana.
Isso não significa que a Alma deixa de existir e é aniquilada ou “apagada”, mas sim que Ela é fundida e reabsorvida no Absoluto, tornando-se verdadeira e literalmente UNA com Aquilo. Na realidade, Ela sempre foi UNA com Aquilo, mas teve que esquecer para que pudesse voltar a saber.
Porém, superior a aquele que entra, com alegria e sem hesitação na eterna e indescritível bem-aventurança de Nirvana é aquele que, tendo chegado ao seu limiar, dá as costas a ele e renuncia ao Nirvana para reencarnar conscientemente nesta Terra, repetidamente, enquanto toda vida continuar, a fim de ajudar e servir a humanidade sofredora. Aquele que entra contentemente no Nirvana, deixando assim tudo o mais para trás para sempre, é descrito no Budismo e na Teosofia como um “Buda Pratyeka”, um Buda do Egoísmo. Aquele que faz a grande renúncia e assim se torna um dos salvadores da humanidade é chamado de “Bodhisatva”, um Buda da Compaixão.
Literatura complementar sugerida:
Uma correta compreensão do Carma e A natureza setenária do homem.
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